Resenha: Cadê você, Bernadette?, Maria Semple, Companhia das Letras

Esse é outro livro que li por indicação do excelente blog “O batom de Clarice”. E, mais uma vez, sou grata à resenha que vi. Diverti-me horrores lendo sobre Bernadette Fox, uma mulher mal compreendida, forte, brilhante, e, principalmente, mãezona. 
Sinopse: Bernadette Fox é notável. Aos olhos de seu marido, guru tecnológico da Microsoft e rock star do mundo nerd, ela se torna mais maníaca a cada dia; para as demais mães da Galer Street, escola liberal frequentada pela elite de Seattle, ela só causa desgosto; os especialistas em design ainda a consideram uma gênia da arquitetura sustentável, e Bee, sua filha de quinze anos, acha que tem a melhor mãe do mundo. Até que Bernadette desaparece do mapa. Tudo começa quando Bee mostra seu boletim (impecável) e reivindica a prometida recompensa: uma viagem de família à Antártida. Mas Bernadette tem tal ojeriza a Seattle - e às pessoas em geral - que evita ao máximo sair de casa, e contratou uma assistente virtual na Índia para realizar suas tarefas mais básicas. Uma viagem ao extremo sul do planeta é uma perspectiva um tanto problemática. Para encontrar sua mãe, Bee compila e-mails, documentos oficiais e correspondências secretas, buscando entender quem é essa mulher que ela acreditava conhecer tão bem e o motivo de seu desaparecimento. Maria Semple revela, em seu segundo romance, a influência de grandes escritores contemporâneos como Jonathan Franzen e Jeffrey Eugenides, ao mesmo tempo que se afirma como uma voz original, marcada pelo melhor humor das séries de TV norte-americanas. Sem sentimentalismos, mas com muita empatia, Cadê você, Bernadette? trata do amor incondicional de uma filha por sua mãe imperfeita.
 Fonte: http://www.skoob.com.br/livro/331119

Acho que a sinopse acerta em cheio quando diz que a obra tem o “melhor do humor das séries de TV americanas”. Todos os aspectos da vida cotidiana e os problemas que Bernadette enfrenta nesse período turbulento de sua vida, em que tudo parece conspirar contra ela e todos, incluindo seu marido, parecem estar contra ela, são tratados com naturalidade e sem sentimentalismo barato.

“Cadê você, Bernadette?” mostra o quanto pré-julgamentos são perigosos. O quanto o que parece ser algo à primeira vista pode ser outra coisa completamente diferente se observada mais de perto. E a importância de não reduzirmos a juízos de valor banais a complexidade dos sentimentos humanos, da personalidade de uma pessoa e os aspectos das relações que ela tem com os que o acercam.

A escrita da Maria Semple é deliciosa. É como se você estivesse ouvindo, em primeira mão, aquele relato, de uma grande e divertida amiga. É íntimo, natural. Semple é uma excelente contadora de estórias, e ela sabe como entreter o leitor. Tudo o que poderia soar sério demais ou triste demais escrito pelas mãos de outro autor ganha outras características pela escrita de Semple. Ela retira a dor e a angústia e deixa a banalidade (no bom sentido) da vida, e nos mostra que a vida continua, apesar de tudo, e que ela é boa, sim, boa demais! Bernadette Fox é o retrato perfeito da mulher moderna que não se deixa abater - e quando se deixa, mesmo que seja por um tempo curto ou longo, no fim sempre dá um jeitinho que só nós, mulheres, sabemos dar para encontrarmos novamente o caminho da felicidade.

E a filha de Bernadette é uma garotinha encantadora. Do tipo que qualquer mulher queria ter como filha. E essa relação maravilhosa que existe entre elas, como deveria ser entre qualquer mãe e filha, é tão deliciosamente simples e realista, que comove. 

Recomendo essa pequena joia para todos os que querem se divertir, e se divertir com conteúdo.

Nota:


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Uma ótima leitura para você!

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